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Nem ou nem? Nem-nem.

Por Nara Santos

Jovens que nem estudam e nem trabalham representam 30% dos cearenses entre 15 e 29 anos. Entre eles está Elsom Santos, 24, que nunca esteve inserido no mercado de trabalho e não está matriculado em nenhuma instituição de ensino superior. São quase 688 mil jovens nessa mesma situação, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Depois de concluir o ensino médio, não foi para a universidade, dedicou-se para conseguir sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH), em três categorias A, B e D, com o objetivo de estar preparado para oportunidades que exigissem tal habilidade. Elsom conta que nunca conseguiu uma vaga no mercado de trabalho por não ter experiência:

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Cansado de não obter retorno dos inúmeros currículos enviados, decidiu fazer com que as oportunidades se aproximem através de cursos de qualificação profissional. “Acredito que eles vão me impulsionar para entrar no mercado de trabalho. A forma de a gente se capacitar é fazer cursos e nunca desistir”, complementa.

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Enquanto não consegue uma oportunidade, Elsom assume o papel de motorista da família. A única renda da família é o salário-mínimo do seu pai, servidor público. São seis dependentes desse salário, por isso ele acredita que conseguir se inserir no mercado de trabalho é muito importante para ajudar a família e conquistar sua independência financeira:

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POLÍTICAS PÚBLICAS

Como alternativa para superação do problema no estado, o professor Vitor Hugo Miro, coordenador do Laboratório de Estudos da Pobreza (LEP) da Universidade Federal do Ceará (UFC), aponta para políticas públicas que priorizem a inserção desses jovens em setores estratégicos, como o de tecnologia.

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“Eu acho que exija da gente pensar um pouco de maneira diferente até no sentido de experimentação em políticas públicas. Fomentar alguns setores específicos, ver se funciona. Lidar com aquilo que funciona, não funcionou naquele setor, já se pensar em alguma coisa. Os setores relacionados com tecnologia, com mídias sociais, eles têm um pouco desse potencial e conseguem atrair atenção desses jovens”, atesta.

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Ele ressalta as políticas que já acontecem no estado e que visam o desenvolvimento social dos jovens, mas que ainda são insuficientes em relação à demanda.

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“Aqui no estado do Ceará eu até vejo um esforço grande em nível local de qualificação dos jovens com as escolas de tempo integral, de ensino profissionalizante. Tem no governo estadual dois programas de bolsa muito interessantes, que é o BSocial e o avanCE que prover para os jovens de condição de vulnerabilidade e pobreza, uma bolsa para que eles consigam se manter nos estudos, quando eles conseguem almejar uma universidade. Agora, alguns ainda estão ficando de fora. Como é que a gente pode pensar uma política focalizada que consiga resgatá-los?”, indagou.

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Ele acredita que o governo e a academia apresentam um papel muito importante para a superação desse problema. “Qual que é o papel do governo e da academia também nesse sentido? Prover pesquisa, analisar dados e conseguir encontrar essas formas de conseguir colocar esses jovens no mercado de trabalho e tirá-los dessa situação de vulnerabilidade”, finaliza.

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